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sábado, 30 de abril de 2011

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Como funciona a fibra ótica [infográfico]

Infográfico - Como funciona a fibra ótica [infográfico]


Você sabe como funciona o sistema que oferece conexões muito superiores às conhecidas hoje? Acompanhe este artigo e entenda o funcionamento da fibra ótica.

Transmissão de dados e voz em longas distâncias com pouca perda de sinal e
qualidade, tudo isso com altíssimas velocidades. Já pensou nas maravilhas que isso permitiria? Apostamos que você deve estar pensando: baixar programas e músicas ficaria muito mais rápido e o tempo de espera por downloads seria reduzido ao mínimo.

E é exatamente isso que aconteceria, se todas as empresas de internet banda larga disponibilizassem a tecnologia da fibra ótica para os usuários. Logicamente a mudança de tecnologia demanda grandes quantias de dinheiro, por isso é difícil que tenhamos a fibra ótica em todas redes domésticas pelos próximos anos.

No Brasil, apenas algumas universidades e institutos públicos possuem este tipo de conexão. Em 2011, algumas residências devem passar a contar com o modo de transmissão de alta velocidade da fibra ótica – pelo menos é o que está prometendo uma das maiores empresas de telecomunicações do país.

Mas você sabe como funcionam os cabos de fibra ótica? Acompanhe este artigo que o Tecmundo preparou para você e descubra como ocorre a transmissão de dados e voz por meio dos cabos de fibra ótica. Aproveite também para entender o quão importante eles podem ser em nossas vidas.

Transformando dados em luz

A fibra ótica não envia dados da mesma maneira que os cabos convencionais. Para garantir mais velocidade, todo o sinal é transformado em luz, com o auxílio de conversores integrados aos transmissores. Há dois modos de converter os dados: por laser e por LED (respectivamente: fibras monomodo e multimodo.
Ambas serão explicadas mais adiante).
 
(Fonte da imagem: Wikimedia Commons / BigRiz)
Sem essa conversão, os dados enviados e recebidos não poderiam desfrutar das
mesmas larguras de banda. Nesse momento, surge a necessidade dos cabos de fibra ótica, pois são eles que permitem a velocidade e a qualidade superiores às oferecidas pelos tradicionais cabos de cobre. O motivo disso nós vamos explicar mais à frente neste artigo.

Cabos de fibra ótica

Você imagina como é um cabo de fibra ótica por dentro? Ele não é construído
apenas com a fibra de vidro e o revestimento plástico, há várias camadas que fazem parte da estrutura essencial dele. Vamos agora explicar um pouco mais sobre cada uma das camadas que compõe a fibra ótica.

Proteção plástica

Como todo cabo, a fibra ótica também precisa de proteção externa, para evitar
que o desgaste natural ou as situações anômalas do tempo representem interferências no sistema. Geralmente, essa camada de proteção é composta por plásticos, tornando a aparência dos cabos de fibra ótica muito similar à apresentada por cabos de rede, por exemplo.

Fibra de fortalecimento

Logo abaixo da camada plástica, existe uma fibra de fortalecimento, bastante
parecida com a que existe em cabos coaxiais de transmissão de sinal de televisão. Você sabe qual a função dela? Proteger a fibra de vidro de quebras que podem acontecer em situações de torção do cabo ou impactos no transporte.
Se a camada de fortalecimento não existisse, qualquer movimento brusco que atingisse os cabos de fibra ótica resultaria em quebra da fibra principal e, consequentemente, na perda total do sinal transmitido.

Revestimento interno

Também chamado de “Coating”, o revestimento interno tem função similar à das fibras de fortalecimento. É ele que isola todos os impactos externos e também evita que a luz natural atinja as fibras de vidro internas, o que poderia resultar em interferências muito fortes em qualquer que seja o sinal.

Camada de refração

Nas duas camadas mais internas, ocorre a parte mais importante do processo de transmissão de luz. Cobrindo o filete de fibra de vidro, a camada de refração (ou “Cadding”) é responsável pela propagação de todos os feixes, evitando que existam perdas no decorrer dos trajetos. Em um sistema perfeito, essa camada garantiria 100% de reaproveitamento dos sinais luminosos.

Núcleo

Também chamado de “Core”. Em suma, é onde realmente ocorre a transmissão dos pulsos de luz. Construído em vidro, é por ele que a luz viaja em suas longas distâncias. No próximo tópico mostraremos os dois tipos de fibras de vidro que podem ser utilizados nos cabos.
Muita velocidade

Multimodo e monomodo

Os dois nomes que abrem este tópico representam os dois principais modelos de fibras óticas existentes atualmente. Eles são diferenciados em vários aspectos, desde o custo de produção até as melhores possibilidades de aplicação. Qual deles será mais recomendado para a construção de redes de internet?

Monomodo

Como o nome já diz, as fibras monomodo só podem atender a um sinal por vez. Ou seja, uma única fonte de luz (na maior parte das vezes, laser) envia as informações por enormes distâncias. As fibras monomodo apresentam menos dispersão, por isso pode haver distâncias muito grandes entre retransmissores.
Teoricamente, até 80 quilômetros podem separar dois transmissores, mas na prática eles são um pouco mais próximos. Outra vantagem das fibras desse tipo é a largura da banda oferecida, que garante velocidades maiores na troca de informações.

Multimodo

Fibras multimodo garantem a emissão de vários sinais ao mesmo tempo (geralmente utilizam LEDs para a emissão). Esse tipo de fibra é mais recomendado para transmissões de curtas distâncias, pois garante apenas 300 metros de transmissões sem perdas. Elas são mais recomendadas para redes domésticas porque são muito mais baratas.

Isso sim é velocidade

Você já viu que a fibra ótica garante velocidades muito maiores do que as oferecidas pelos fios de cobre comuns, mas ainda não viu os números exatos. Hoje, uma conexão banda larga de alta velocidade é oferecida com cerca de 10 Mbps, o que permite downloads a quase 1,25 MB/s.
Os padrões de testes da fibra ótica apontam para velocidades de 10 Gbps, o que resulta em downloads de 1.280 MB/s. É um aumento considerável, que pode ser extremamente importante para quem gosta de jogar games online ou baixar muitos arquivos pela internet.
(Fonte da imagem: Wikimedia Commons / Hustvedt)
Vale dizer que as conexões de 10 Gbps são muito potentes e devem custar muito caro, por isso são mais recomendadas para grandes empresas e universidades, locais em que a banda precisa ser muito dividida. Outra possibilidade é a instalação de padrões de fibra ótica em condomínios, que podem redividir a conexão para vários computadores.

Saudades do cobre: fibra ótica também tem defeitos

Não existe nenhuma tecnologia perfeita, por isso precisamos apresentar também as desvantagens dos cabos de fibra ótica. A principal delas é relacionada aos custos, tanto de produção quanto de implementação dos novos sistemas de transmissão.
Produzir cabos de fibra ótica envolve processos muito complexos e caros, o que exige uma demanda muito grande de usuários dispostos a pagar um pouco mais pelos recursos oferecidos pela tecnologia. Além disso, para alimentar grandes cidades seriam necessários muitos retransmissores, e há relatos de perdas grandes de sinal em retransmissores divisores.
Outros problemas estão ligados diretamente à fragilidade das fibras de vidro. Como ainda não existe uma padronização no sistema, há muitos cabos que são vendidos sem o encapsulamento protetor adequado. Isso gera instabilidade para os cabos e pode resultar em quebras dos filetes de transmissão.

Tecnologia do futuro?

Será que a fibra ótica está realmente distante da realidade? Aos poucos, algumas empresas de televisão a cabo e internet estão oferecendo pacotes que contam com os recursos da tecnologia para seus assinantes. Os preços ainda são bem altos, mas com o passar do tempo é provável que baixem consideravelmente.
Outro desafio é encontrar formas de retransmitir os sinais sem que seja necessário dispender muitos recursos, mas as vantagens oferecidas realmente impulsionam os pesquisadores. A fibra ótica garante uma largura de banda muito maior do que o cobre, ocupando menos espaço físico e com matéria-prima (sílica) muito mais abundante.
.....
Você está disposto a pagar um pouco a mais para ter fibra ótica na sua casa? Ou acha que ainda não vale a pena gastar dinheiro em uma tecnologia mais moderna? Deixe um comentário para nos dizer o que pensa a respeito da fibra ótica.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

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O que tem dentro do seu computador? [infográfico]

Simplificamos as coisas. Descubra o que é cada componente dentro do gabinete e conheça as respectivas funcionalidades.
 
Utilizar computadores tornou-se uma tarefa corriqueira e muito divertida. Enquanto o PC está estável e apresentando bons resultados, ficamos muito contentes. Porém, quando um problema aparece, a preocupação toma conta. E só de pensar que o defeito pode ser nas peças do computador, já bate um desespero.
Muitos usuários pensam em nunca abrir o computador. Alguns têm medo de encontrar um mundo novo. Outros simplesmente preferem não mexer para evitar quaisquer problemas. Seja como for, conhecer a parte física da sua máquina pode ser importante. Para os curiosos pode ser até interessante, afinal, são diversos componentes eletrônicos que fazem uma mágica para você acessar a web e realizar outras tarefas.
O artigo de hoje é dedicado a todos que nunca abriram um gabinete e, também, para os usuários que desejam relembrar algumas informações importantes sobre hardware. Agora que você já visualizou nosso infográfico, vamos às explicações prolongadas.

Gabinete

Pode parecer esquisito abordar o gabinete como parte do hardware. Contudo, esse componente é essencial para comportar os demais itens. Além de armazenar as placas, discos e demais peças, o gabinete possibilita a organização dos cabos e serve como um local para resfriamento do hardware.
Gabinete
Normalmente o gabinete é fabricado com metais de alta resistência mecânica, ou seja, um material bem duro para evitar danos às peças que estão no interior. Todavia, existem modelos com acabamento em acrílico, plástico e outros materiais.
Um erro recorrente, e inclusive normal, é chamar o gabinete de CPU. Na realidade, ele armazena a CPU, mas está longe de ser uma. É preciso sempre ter em mente que o gabinete não tem qualquer função eletrônica, enquanto o processador (CPU) é um item “pensante”.

Placa-mãe

A placa-mãe só não é o principal componente do computador porque não é ela quem executa os programas. Todavia ela é a peça que une todos os demais itens de hardware, o que a torna essencial para o funcionamento da máquina.
Quando você abre o gabinete, não é possível visualizar a placa-mãe por completo, porque ela está oculta embaixo de outros componentes. Como você pode ver na imagem acima, as placas-mãe possuem um formato retangular e uma enormidade de pequenas peças visíveis a olho nu.
A placa-mãe
A placa-mãe possui espaços próprios para encaixar o processador, os módulos de memória, placas extras e diversos cabos. Além disso, ela conta com furos próprios para que, com o uso de parafusos, seja possível fixá-la ao gabinete.
Por ocupar grande espaço, fica quase impossível não notar que seu PC possui uma placa-mãe. Ela possui alguns componentes que chamam a atenção, como é o caso do chipset (um item metálico com formato quadrado que fica próximo dos locais para encaixe de placas extras) e dos conectores que ficam visíveis na parte traseira do gabinete.

Processador

O processador é o item mais importante da máquina. A maioria dos computadores nem sequer liga sem a presença de uma Unidade Central de Processamento (Central Process Unit ou CPU). Uma CPU possui formato retangular e possui milhões de pequenas peças minúsculas.
Em um primeiro instante, você não conseguirá visualizar o processador dentro do gabinete. Ele fica embaixo do dissipador e do cooler. O dissipador é um componente metálico de tamanho avantajado que, como o próprio nome diz, serve para dissipar o calor. Já o cooler é a ventoinha que fica em cima do dissipador e que tem como função retirar o ar quente da CPU.
Dissipador e Cooler
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons - Autor: Mike Babcock)
A CPU se comunica com os demais componentes de hardware através das ligações na placa-mãe. Para poder executar os programas e jogos, o processador deve receber dados da memória RAM, trocar informações com o chipset e enviar ordens para outros componentes.
Embaixo do processador há diversos pinos metálicos, os quais fazem a ligação com a placa-mãe. A quantidade de pinos varia conforme o modelo da CPU. Cada fabricante opta por um padrão diferente, até porque a arquitetura interna dos processadores exige mudanças na parte externa.
Pinos do processador
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons - Autor: Mike Babcock)

Memória RAM

A memória RAM não é, necessariamente, apenas um item. Em muitos computadores ela pode ser composta por dois, três ou mais módulos. Muitas pessoas têm o costume de usar a palavra “pente” para se referir ao módulo, isso ocorre porque, de certa forma, o formato lembra um pouco.
Módulos de memória RAM
As memórias RAM são retangulares e têm a largura bem maior do que a altura. Elas são instaladas na placa-mãe e ficam próximas do processador. Os dados que ficam armazenados nela são temporários e essenciais para que a CPU acesse os processos em execução com alta velocidade.

HD

HD é a abreviatura para Hard Disk. Essa palavra significa disco rígido, nome comumente utilizado para fazer referência ao componente que armazena as pastas e arquivos. É no HD que fica instalado o sistema operacional, os programas e os jogos.
Além disso, o disco rígido guarda os vídeos, as músicas e as imagens do usuário.  Diferente da memória RAM, o disco rígido não armazena os dados temporariamente. Todas as informações presentes no HD ficam nele até que o usuário dê uma ordem para exclui-las.
HD
Fisicamente falando, o HD é um componente de formato retangular. Ele é pesado e possui em seu interior discos de metal, os quais mantêm os dados gravados. O HD é um dos poucos componentes mecânicos do computador, o que limita sua vida útil e faz com que ele consuma mais energia.
Nos computadores mais recentes, os HDs estão sendo substituídos por SSDs. Esses novos drives armazenam os dados em chips eletrônicos, detalhe que possibilita maior velocidade para leitura e gravação dos dados. Os SSDs ainda não possuem tanta capacidade de armazenamento como os HDs, no entanto, estão em constante evolução e devem substituir os discos rígidos dentro de alguns anos.

Slots PCI

Como citado anteriormente, as placas-mãe possuem espaços para a instalação de placas complementares. Tais espaços são conhecidos como slots. Atualmente existem dois padrões de slots: o PCI e o PCI-Express. O padrão PCI é o mais antigo e possibilita que o usuário instale placas de rede, de som, de modem, de captura e muitas outras.
Slots PCI
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons - Autor: Smial)
Antigamente existiam placas de vídeo para o padrão PCI, porém com a evolução do padrão, essas placas pararam de ser fabricadas para esse tipo de slot. As atuais placas-mãe possuem poucos slots PCI, justamente porque os componentes com esse tipo de encaixe estão saindo de linha.
O slot PCI é mais lento que o PCI-Express, entretanto, a velocidade de transmissão de dados e de operação nesse slot é suficiente para quase todas as placas suportadas. Apesar disso, o abandono desse padrão será inevitável, pois o PCI-Express suporta os mesmos tipos de placa e oferece alta velocidade.

Slots PCI-Express

O PCI-Express é um tipo de slot mais recente, que vem para substituir o PCI. Ele possui muitas diferenças nos contatos metálicos, fato notável logo pelo tipo de encaixe. Ele até parece o slot PCI invertido com alguns contatos a mais.
Slots PCI-Express
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons - Autor: Smial)
Como supracitado, o slot PCI-Express é o que há de mais atual para a utilização de placas complementares. As placas mais comuns para o padrão PCI-Express são as placas de vídeo. Elas conseguem trabalhar em alta velocidade graças ao modo de funcionamento do PCI-Express.
Outro detalhe que diferencia o padrão PCI-Express é a trava de segurança. Tal detalhe é fundamental para que as placas de vídeo sejam devidamente fixadas. Fisicamente, os slots PCI-Express são idênticos, todavia existem diferentes modelos, os quais podem ser identificados nos manuais das placas-mãe.

Placa de vídeo

As placas de vídeo são instaladas nos slots PCI-Express. Contudo, pode ser que seu computador não tenha uma placa gráfica instalada. Isso não quer dizer que ele não tem capacidade para processar elementos gráficos, mas indica que sua máquina não possui um item de hardware especializado para o processamento de elementos tridimensionais.
Placa de vídeo da AMD
Computadores sem placa de vídeo do tipo “offboard” (fora da placa) trazem um chip gráfico embutido na placa-mãe. Essas placas de vídeo discretas são chamadas de placas de vídeo “onboard” (na placa). A diferença entre esses dois tipos está no desempenho, que nas placas onboard é extremamente limitado.
Caso seu PC tenha uma placa de vídeo offboard, você facilmente irá identificá-la pelo enorme espaço que ela ocupa. Placas de vídeo offboard de desempenho razoável não necessitam de alimentação extra. Já as mais robustas trazem uma conexão exclusiva para o fornecimento de energia.

Fonte

Se o seu computador não é muito recente, é provável que a fonte de alimentação dele esteja instalada na parte superior. A fonte é uma caixa metálica, a qual fica conectada a uma tomada (por meio de um cabo ligado na parte de fora do gabinete) e interligada com os demais dispositivos de hardware.
Fonte de alimentação
A função da fonte de alimentação é receber a energia elétrica da tomada e transformá-la para que os componentes de hardware possam funcionar de maneira apropriada. Para tanto, ela conta com diversos transformadores e componentes elétricos, que terão como principal tarefa a redução dos 110 V (volts) da tomada para valores compatíveis (5 V e 12 V) com os itens de hardware.

Drive ótico

O último item de hardware é o drive ótico. Esse componente normalmente fica no topo do gabinete e sua função é ler discos de filmes, jogos, músicas, programas e dados em geral. Existem diversos tipos de drives óticos, mas no geral os modelos são divididos em três classes: drives de CD, drives de DVD e drives de Blu-ray.
Drive de DVD
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons - Autor: Qurren)
Os drives que leem CDs não são capazes de reproduzirem outros tipos de mídia. Já os modelos que suportam DVD são compatíveis com CDs, todavia não podem trabalhar com Blu-rays. E os drives de Blu-ray são os mais avançados, capazes de executarem CDs, DVDs e Blu-rays. Há ainda dispositivos para gravação de mídias, os quais são classificados de forma idêntica.

Máquinas complexas ao extremo

Nosso artigo acaba por aqui, porém esperamos que você tenha gostado das explicações. Como você deve ter notado, todas as informações foram bem simplificadas para atingir todos os que não tinham conhecimento aprofundado no assunto.
Esperamos que nosso artigo tenha despertado a sua curiosidade e que você busque mais informações sobre a parte de hardware do computador que, apesar de complexa, pode ser fascinante. Fique à vontade para comentar e até uma próxima!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

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As tecnologias militares que vão invadir o mercado em breve

Conheça algumas das novidades que estão sendo construídas para uso militar, mas que logo podem estar disponíveis também para uso comercial.

Fonte da imagem: Raytheon

Em 2011, os Estados Unidos pretendem investir pouco mais de US$ 405 bilhões em tecnologias militares. O valor é considerado abusivo por muitos, afinal, investimentos em tecnologias que, muitas vezes, têm como principal finalidade a destruição em massa não são exatamente a maneira mais nobre dispender dinheiro.

Entretanto, todo esse volume de investimentos não é destinado única e exclusivamente para a criação de novas máquinas de guerra. Muitas das pesquisas desenvolvidas por instituições militares acabam indo parar nas indústrias de eletroeletrônicos e, consequentemente, são transformadas em novos produtos e utilidades para o cotidiano do cidadão comum.

Muito do que foi desenvolvido pela NASA, Agência Espacial Norte-Americana, órgão governamental dos EUA, é utilizado no dia a dia pelos usuários. O Baixaki e o Tecmundo já abordaram algumas delas em um artigo especial.

Mas o que vem sendo desenvolvido atualmente que pode influenciar diretamente nos próximos aparelhos disponíveis no mercado? Conheça em detalhes algumas das principais tecnologias que vão pintar para o consumidor em breve e outras que ainda não têm previsão de chegada, mas que certamente fariam sucesso junto ao público.

Armadura facial

Fonte da imagem: Blanddesign

Embora os soldados estejam sempre bem equipados e por baixo dos seus uniformes exista uma espécie de colete à prova de balas como proteção, algumas regiões do corpo ficam naturalmente mais expostas, como a cabeça e, em especial, os olhos. Um impacto, ainda que não atravesse o capacete de um militar, pode ser fatal.

Pensando nisso o exército norte-americano desenvolveu uma espécie de armadura facial. Chamada Predator Facial Armor, trata-se de um capacete de alta resistência, com proteções especiais para a mandíbula, olhos, nariz e boca. Além disso, a parte interna do capacete funciona como um suporte, impedindo que, em caso de impacto, a cabeça não sacuda com o impacto.

Como complementos tecnológicos, a Predator Facial Armor conta com radar 360 graus, com indicação de alvos móveis e tela display para exibição de informações como mapas, posicionamento de outros soldados e integração computadorizada com algumas armas.

Para uso cotidiano, capacetes como esses podem ser adaptados para uso em atividades esportivas ou mesmo na construção civil, em que a segurança e a possibilidade de acesso rápido a informações visuais podem se tornar grandes diferenciais de produtividade e integração.

Telas OLED flexíveis de pulso

 Fonte da imagem: Universal Display Corporation

Se os celulares e smartphones substituíram em grande escala os relógios de pulso, no futuro é possível que o ciclo se inverta e os displays flexíveis possam se configurar na nova geração de relógios. Outra tecnologia desenvolvida dentro do exército norte-americano, exibida pela primeira vez na CES 2009, está em fase de testes nas forças armadas.

O aparato foi criado em parceria com a Universal Display Corporation. Trata-se de uma pulseira com tela OLED, com tela de 4,3 polegadas e resolução de 320 x 420 pixels, capaz de exibir os mais variados tipos de informação, de modo similar ao funcionamento de um smartphone.

Não há informações ainda sobre qual é o sistema operacional utilizado pelo produto nem quando ele poderá deixar de ser uso exclusivo das forças armadas. Entretanto, em tempos de popularização dos tablets, nada mais justo que pensarmos em algum dispositivo similar adaptado ao pulso.

Máquina de glóbulos vermelhos

Fonte da imagem: DARPA

Os glóbulos vermelhos têm a importante função de transportar o oxigênio aos tecidos. Em caso de um sangramento, a perda deles em grandes quantidades pode significar um resultado fatal para o paciente. A DARPA – Agência de Defesa Avançada em Projetos de Pesquisa  - colocou em desenvolvimento uma máquina chamada Arteryocite, capaz de produzir glóbulos vermelhos para garantir um suprimento de vida ao paciente ferido.

Baseado num sistema de nanofibras, chamado NANEX, a máquina permite produzir tais células sem que, para isso, seja preciso dispor de um doador. O equipamento utiliza sangue de cordões umbilicais para gerar os novos glóbulos vermelhos, mas a DARPA não divulgou, exatamente, como o processo de transformação funciona.

Exoesqueleto de força

Sair às ruas ostentando uma força similar à da armadura do personagem Homem de Ferro não é mais um sonho da ficção. O exoesqueleto Raytheon XOS 2 reduz o impacto na hora de carregar cargas bem mais pesadas do que o corpo humano é capaz de aguentar.

A aplicação do exoesqueleto no cotidiano pode representar um avanço para a indústria automotiva, por exemplo, ou para outros lugares onde a robótica tenha um papel fundamental. A vida de trabalhadores braçais, com os equipamentos, pode se tornar bem mais prática no futuro.

Cadeira de rodas eletrônica

Fonte da imagem: Florida A&M University

A utilização militar desse equipamento parece pouco provável, mas é exatamente para isso que ele está sendo desenvolvido. Trata-se de uma cadeira de rodas eletrônica, com as mesmas características de pequenos robôs criados para se locomover em terrenos acidentados ou de difícil acesso.

O projeto, ainda em desenvolvimento, deve ficar pronto apenas em 2016. Se em um terreno de difícil acesso as possibilidades são muitas para os soldados, quem utilizá-la nas grandes cidades poderá se locomover com muito mais facilidade em ruas e calçadas acidentadas ou com alguns obstáculos.

Uniformes autossuficientes com energia solar

Fonte da imagem: UK Army

Combinando células fotovoltaicas com aparatos termoelétricos, o exército britânico deve apresentar em 2013 uma nova espécie de uniforme, capaz de utilizar a energia solar como elemento de recarga para diversos dispositivos vinculados à roupa.

Além de absorver luz a partir do espectro eletromagnético, o novo uniforme diminui as possibilidades de detecção por meio de raios infravermelhos. Para garantir o funcionamento durante 24 horas, o uniforme armazena parte da energia capturada durante o dia para que seja utilizada à noite, quando praticamente não há novas possibilidades de recarga.

Com o desenvolvimento da tecnologia, é possível que nos próximos anos surjam outros tipos de roupas também capazes de capturar energia solar, servindo para recarregar gadgets, smartphones e outros dispositivos removíveis que requeiram energia.

Miniveículo aéreo para checar radiação

T-Hawk (Fonte da imagem: Honeywell)

O desastre ocorrido nas usinas nucleares japonesas, em virtude do terremoto e do tsunami no mês de março, colocou o governo e a população em estado de alerta. Os níveis de radiação subiram acima do esperado e, para constatar dados referentes ao problema, o exército japonês utilizou um equipamento desenvolvido em suas pesquisas.

O Honeywell T-Hawk pode fazer qualquer tipo de aproximação aérea e voos monitorados, tendo como objetivo um ponto-alvo. Com isso, o equipamento pôde medir com precisão as áreas contaminadas, dispensando a presença de pessoas no local.

A verdadeira guerra tecnológica

Embora seja natural que a maioria das pessoas tenha a opinião de que investir em equipamentos bélicos não seja a melhor saída para, de fato, melhorar a vida no planeta, historicamente o desenvolvimento tecnológico mostra o contrário. Boa parte das tecnologias que utilizamos hoje surgiu de verbas de investimento em unidade militares de pesquisa.

Contudo, há que se mensurar até que ponto um produto ou uma tecnologia é mais benéfica para a humanidade do que prejudicial. Há muito potencial para novas ideias e, em se tratando de investimentos, esse é um setor que raramente precisa se preocupar com problemas de orçamento. Será que as tecnologias militares serão as responsáveis pela paz e pelo bem-estar no futuro?

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